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1 de novembro de 2014

COMPOTA DE BATATA DOCE COM AMÊNDOAS






As compotas e doces permitem-nos ter o sabor da fruta durante todo o ano e são formas naturais de conservar a fruta, pelo que devem ser depositados em frascos esterilizados.

Apesar de na base estar sempre a fruta e o açúcar, a verdade é que a confecção e o ponto de açúcar a obter diferem consoante estejamos a fazer doces ou compotas.
  • Compotas: os frutos são esmagados, parcialmente reduzidos a puré e cozidos numa calda de açúcar pouco concentrada. É um preparado firme, mas não duro que permite ser espalhado ou barrado.
  • Doces: os frutos são parcialmente reduzidos a puré ou não. É uma preparação que se obtém cozendo frutos em açúcar até obter o ponto desejado.





"Doces e Compotas" é o tema da 18ª edição do Dia Um... Na Cozinha !

Preparações docinhas e deliciosas para constarem nos cabazes de Natal e nas nossas dispensas nos tempos vindouros.,.

Fiquem atentos porque hoje a blogosfera culinária vai apresentar muitas e fantásticas sugestões ! :)








Ingredientes:

  • 2 kg de batatas doces descascadas
  • 8,5 decilitros de água
  • 1,5 kg de açúcar
  • sumo de 1 limão
  • 1 pau de canela
  • amêndoa q.b.
  • 1/2 vagem de baunilha





Preparação:

Descasque e coza as batatas doces em água abundante.
Escorra-as, triture-as com o sumo do limão e reserve.
À parte leve ao lume a água com o açúcar, o pau de canela e a vagem de baunilha.

Vá mexendo ocasionalmente e, quando levantar fervura acrescente o puré de batata doce.
Misture bem e deixe cozinhar em lume brando até obter ponto de estrada.
Nessa altura retire do calor e deixe arrefecer por completo.
Junte amêndoa laminada ao doce, a seu gosto.
Guarde-a em frascos esterilizados.












Fonte: revista "Segredos de Cozinha - Especial Marmeladas, Doces & Compotas", nº 29, pág 22









1 de outubro de 2014

BACALHAU DE ESCABECHE AO PORTO - "Dia Um... Na Cozinha"






O Bacalhau faz parte da gastronomia portuguesa, pelo menos, desde o século XIV, quando a sua pesca pelos portugueses foi objecto de um acordo com a Inglaterra.

Assim que foi descoberto, os portugueses aperceberam-se que este peixe era adequado às necessidades da época, como produto não perecível (pelo facto de poder ser salgado e manter as suas características gustativas) e que aguentava longas jornadas. As longas travessias pelo Oceano Atlântico duravam mais de três meses e, após diversas tentativas com os peixes da costa local, os portugueses encontraram o bacalhau perto do Oceano Ártico.
 
Com uma grande durabilidade e acessível a uma parte da população que raramente podia comprar peixe fresco, o seu sabor era mais agradável do que o de outros pescados salgados. Imediatamente o bacalhau passou a fazer parte da cultura portuguesa, que rapidamente passou a ser o maior consumidor de bacalhau do mundo. Incorporado nos seus hábitos e na sua culinária, o bacalhau foi consagrado como "fiel amigo" dos portugueses, sendo hoje uma das suas principais tradições e um componente fulcral de qualquer cozinha.
 
 
O dessalgue deve ser feito considerando-se o peso e a forma.
Para postas, e dependendo do tamanho delas, dessalga-se pondo o bacalhau dentro de água entre 24 e 48 horas, trocando a água regularmente.
Para bacalhau desfiado, deve-se dessalgar por 6 horas.
Para acelerar o processo, poder-se-á utilizar leite em vez de água.
O dessalgue deve ser feito no frigorífico e a carne deve ser erguida do fundo do recipiente para escorrer o sal





É muito comum que se encontrem à venda peixes semelhantes ao bacalhau, quando não o são na realidade. O bacalhau verdadeiro é largo e alto, com lombos bem grossos e a cor do seu corpo é puramente branca, sendo os peixes mais amarelados de uma outra espécie.
 
O Cod Gadus Morhua é o Bacalhau Legítimo, é pescado no Atlântico Norte e considerado o mais nobre tipo de bacalhau.
Tem coloração palha e uniforme quando salgado e seco; quando cozido desfaz-se em lascas claras e tenras, de sabor inconfundível e sublime.
É o bacalhau recomendado em todos os pratos da cozinha internacional.





O que é o Bacalhau do Porto?
Historicamente, a cidade do Porto foi a primeira a receber e preparar o bacalhau que os pescadores portugueses procuravam nas águas geladas da Terra Nova, Islândia e Groenlândia. Ainda hoje o Porto é a principal cidade culinária do bacalhau.

Por tradição cultural, no Brasil o nome "Porto" passou a identificar o bacalhau de melhor qualidade. Era o bacalhau que vinha da Cidade do Porto e era comercilizado no porto das capitais do Rio e Salvador.

Usava-se chamar "Porto" apenas ao bacalhau tipo Cod Gadus Morhua acima de 3 kg que, quando cortado, apresenta grossas lascas de bela cor e suave textura.
No entanto, exportadores e supermercados também utilizam a denominação "Porto" para o Cod Gadus Macrocephalus, o que confunde o consumidor. 









A 17ª edição do "Dia Um... Na Cozinha" pede aos seus talentosos Cozinheiros um prato com o mais fiel amigo !
Decidi fugir às receitas mais tradicionais (que adoro) e trago à vossa presença, um mês após a ultima publicação, um Bacalhau de Escabeche delicioso e perfumado com Vinho do Porto, uma forma diferente de o degustar e que lhe acrescenta um generoso sabor além do seu próprio !



Ingredientes:


  • 2 postas de bacalhau (lombo)
  • 4 folhas de couve lombarda
  • 3 fatias de broa de milho
  • 4 dentes de alho
  • 2 cebolas
  • 1 decilitro de Vinho do Porto
  • 1 colher de sopa de vinagre balsâmico
  • 1 decilitro de azeite
  • tomate às rodelas
  • pimenta q.b.
  • mangericão q.b.







Preparação:

Coza os lombos de bacalhau em água fervente temperada com umas folhas de mangericão durante cerca de 2/3 minutos.
Retire do lume, escorra bem e reserve.

Coza as folhas de couve lombarda em água fervente temperada com sal por cerca de 10 minutos. Retire do lume, escorra bem e reserve.

Leve as fatias de broa ao lume num tacho em metade do azeite. 
Deixe corar, retire do calor e reserve.
No mesmo azeite salteie as folhas de couve lombarda com metade dos alhos picados.
Enrole cada folha em forma de bola e reserve.

Refogue as cebolas fatiadas e os restantes alhos picados no azeite que falta.
Adicione o Vinho do Porto e deixe reduzir a dois terços.
Acrescente o vinagre balsâmico, tempere com sal e pimenta e reserve.

Distribua as fatias de broa pelos pratos (1 fatia e meia para cada prato) e sobreponha os lombos de bacalhau e uma rodela de tomate. 
Cubra-os com o molho de escabeche.
Acompanhe com a couve salteada, tomate e sirva.







Bom Apetite !!!






Fontes:

revista "Mariana Culinária" nº 77 - página nº 42
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacalhau_(gastronomia)
http://www.bacalhau.com.br/





1 de setembro de 2014

BOLO DE CENOURA - Aniversário "Dia Um... Na Cozinha"






A todos os leitores e amigos do Brisa Maritima e do Blog do Chocolate, eu gostaria de dizer que continuo em "modo pausa"... não sei até quando, uma vez que necessitava de tempo que me estava a faltar para fazer coisas que tanto prazer me dão, devido às horas e horas que passava no computador de forma exagerada devido aos blogues.

Foi necessário travar essa alienação e, pelo facto, peço desculpa a todos quantos sigo e me seguem, pela minha ausência nas vossas cozinhas que tanto gosto de visitar e pelos "cafézinhos"que deixei de tomar convosco por agora. 

Por vezes temos de fazer escolhas e tomar decisões que nem sempre agradam, mas que são imperativas para que possamos alcançar outros objectivos na vida.








Seja como for, não poderia deixar de estar presente neste dia 01 de Setembro, dia em que se celebra o 1º aniversário do grupo no Facebook, do evento "Dia Um... Na Cozinha".

Sim, já passou 1 ano !
O tempo passa mesmo rápido e não volta atrás...
Por essa razão, aproveitem-no da melhor forma possível com quem vos faz felizes.
Além de se ter celebrado o aniversário da criação do evento nesta publicação, celebramos agora a abertura oficial do evento "Dia Um... Na Cozinha" no Facebook a todos quantos nele quisessem participar e dele fazer parte !



 

Foi há 1 ano atrás que surgiu a primeira publicação no grupo do Facebook, com as deliciosas Galettes a darem o mote e a deliciarem toda a blogosofera culinária.

O tema desta 16ª edição é um Bolo que celebre o Aniversário do Grupo e para a festa eu trouxe um Bolo de Cenoura, fresco e delicioso, que fiz numa altura em que visitei a Mãe e que fez as delicias de todos.








Deixo-vos a receita sem segredos e canto os parabéns ao projecto "Dia Um... Na Cozinha" que tantas excelentes partilhas e criatividade nos tem proporcionado através dos magníficos Cozinheiros que dele fazem parte.
Parabéns a você... nesta data querida ! :)








Ingredientes:

  • 450 gr. de cenouras
  • 4 ovos + 4 gemas
  • 250 gr. de açúcar
  • 1 decilitro de óleo
  • 250 gr. de farinha
  • 1 colher de sobremesa de fermento
  • 2 decilitros de natas
  • margarina para untar
  • suspiros para decorar (usei os de compra)







Preparação:


Descasque e lave as cenouras, rale-as e reserve-as.

Numa tigela junte os ovos com as gemas e o açúcar e bata tudo até conseguir um creme bem fofo.
Junte o óleo em fio e continue sempre a bater.
Acrescente a farinha e o fermento e, por fim, as cenouras raladas.
Envolva bem, verta para uma forma redonda previamente untada e leve ao forno por cerca de 50 minutos aproximadamente, ou até que esteja cozido (teste do palito).
Retire do forno depois de cozido, desenforme e deixe arrefecer.
Bata as natas em chantilly e barre o bolo.
Por cima disponhas os suspiros e umas raspas de cenoura.



Até qualquer dia ! :)




Fonte: revista "Teleculinária Gold" nº 100, Janeiro 2014, pág. 27



1 de julho de 2014

PESCADA COM CHOURIÇO, TOMATE CHERRY E CEBOLINHO





Publicação Agendada



"Portugal é um dos países com maior consumo de peixe, especialmente de sardinha, carapau, salmão, pescada, faneca e bacalhau. 
O peixe é considerado um alimento de fácil digestão e rico nutricionalmente, por ser fonte de proteínas de elevado valor biológico, e rico em vitaminas do complexo B e minerais como o iodo, fósforo, sódio, potássio, ferro e cálcio. 
A sua gordura é considerada de melhor qualidade que a da carne, por ser rica em ácidos gordos insaturados e conter baixa proporção de ácidos gordos saturados. 

Alguns peixes, denominados peixes gordos (sardinha, salmão, garoupa, peixe espada preto, atum), são extremamente ricos em gordura polinsaturada, especialmente os ácidos gordos ómega 3. 
Estes ácidos essenciais ao nosso organismo devem ser componentes fundamentais na nossa alimentação. Estudos comprovam o papel protector do ómega 3 sobre o sistema cardiovascular e cerebrovascular, o seu papel preventivo sobre doenças como cancro, aterosclerose e Alzheimer. 
A falta de ingestão de ómega 3, por um período prolongado de tempo, tem sido associada com atrasos no crescimento, problemas de visão e distúrbios neurológicos. 

Actualmente, a recomendação nutricional para a população europeia, adulta e saudável, é o consumo de 1 a 2 porções de peixe gordo por semana. 
A Roda dos Alimentos, preconiza que o consumo total de carne, pescado ou ovos não deverá ser superior a 135 gr. por dia. 
Devido ao seu contributo na promoção da saúde, é importante incentivar o consumo de pelo menos uma refeição diária de peixe que faz também parte de dietas equilibradas.

Pela sua vasta aplicação culinária, utilizamos o peixe de mais diversas formas: fresco, congelado, seco ou em conserva. 
O peixe fresco, deve conter escamas brilhantes, olhos convexos e com a pupila negra brilhante, guelras cor rosa escuro e coloração brilhante, carne firme ao toque e agarrada às espinhas e odor moderado a maresia. 
Na hora de cozinhar, pode tornar este alimento ainda mais saudável se optar por métodos de confecção como grelhados, assados e estufados com pouca gordura, e cozidos. 

O peixe é juntamente com o marisco, inserido no grupo do pescado. 
O marisco, inclui os crustáceos (camarão, lagosta, caranguejo) e os moluscos (lula, polvo, amêijoa, berbigão) que, de forma geral, apresentam menor quantidade de proteínas e maior quantidade de colesterol que o peixe.
Uma alimentação baseada na variedade poderá ser um bom contributo para melhorar a sua saúde, por isso seja criativo e procure incluir o peixe no seu dia alimentar. "

Fonte: http://www.fileiradopescado.com/documents/Benef--cios-Gerais-do-Consumo-de-Peixe.pdf




A 14ª edição do " Dia Um...Na Cozinha " desafiou-nos a confeccionar um prato de Peixe ao nosso gosto e vontade e, apesar de me encontrar de férias, não quis deixar de participar e decidi-me por uma receita do livro da Lorraine Pascal, que me foi ofertado por uma amiga muito querida e que tem receitas deliciosas !
  



A Lorraine confecciona este prato com bacalhau, mas eu decidi fazê-lo com Pescada, um peixe super saudável e que se presta a imensas utilizações.
Fiquem com a receita e espero que seja do vosso agrado !


Ingredientes:


  • 175 gr. de chouriço em rodelas grossas
  • 1 mão cheia de tomilho fresco, recém cortado (usei cebolinho)
  • 5 medalhões de peixe branco (usei pescada)
  • sal q.b.
  • pimenta recém moída
  • 2 pitadas de paprica (usei colorau)
  • raspa de limão q.b.
  • 1 colher de sopa de azeite
  • Entre 5 e 10 tomates cereja
  • 5 a 10 dentes de alho pelado






Preparação:


Aqueça  previamente o forno a 200º C (Gás = 6).
Leve o chouriço e otomilho alume forte numafrigideira e deixe cozinhar cerca de 5 minutos.
Reserve.

Coloque o peixe num tabuleiro, tempere com sal, pimenta, paprica e polvilhe com a raspa de limão.
Tempere com o azeite e salpique os tomates com o alho.
Coloque dois terços do chouriço sobre o peixe e leve ao forno cerca de 15 minutos.

Retire o peixe do forno e salpique-o com o resto do chouriço e da raspa de limão.
Leve novamente ao forno por mais 5 ou 10 minutos ou até que o peixe fique brilhante e opaco por dentro.
Sirva imediatamente e acompanhe, por exemplo, com Batatas Hasselback, receita também da Lorraine !






Bom Apetite  e até à volta ! :)





Fonte: livro "Cozinhar em Casa é Fácil", pág. 119 - Lorraine Pascal



1 de maio de 2014

PÃO COM TOMATE SECO E COLORAU - "Dia Um... Na Cozinha"






Perde-se no tempo a origem do pão, alimento simples e muito nutritivo, um dos mais antigos alimentos da História gastronómica e que constitui ainda hoje a base alimentar de inúmeras populações.

Na origem, feito de farinha de trigo ou de bolotas e água e era seco ao sol - seriam os egípcios os primeiros a adoptar fornos de barro para o cozer, bem como a incorporar levedura na massa para a tornar mais leve, macia e saborosa.

A chegada do pão à Europa deu-se por influência dos Gregos, embora as primeiras padarias tenham surgido com os romanos dois séculos a.c. (antes de Cristo), aproximadamente.
Mas é com os franceses, no século XVII e com os austríacos, mais tarde, que se verificam as grandes inovações na indústria da panificação.
Hoje em dia, o pão está disponível num vasto leque de opções, para todos os gostos e necessidades alimentares.
É o caso, por exemplo, do pão meio sal, procurado especialmente por pessoas com hipertensão.
E, só entre nós, basta pensar nos pães regionais que se confeccionam em todo o país, como a broa de Avintes, o pão alentejano, o pão de Mafra, os de água ou a regueifa, não esquecendo os de inspiração francesa como a baguete, pães de noz, passas ou sementes.




O tema da 12ª edição do "Dia Um... Na Cozinha" é o Pão ! 

Já fiz vários pães que estão aqui no blogue, cada um delicioso à sua maneira e a eles se junta este Pão com Tomate Seco e Colorau que é muito aromático e pleno de sabores muito intensos !

Eu diria que é um Pão cheio de personalidade e que se impõe pela sua textura densa e pelo seu sabor, ambos fantásticos !
  





Ingredientes:


  • 275 mililitros de água
  • 2 colheres de sopa de azeite (usei o da conserva dos tomates secos
  • 1 olher de chá de sal
  • 3/4 de colher de chá de colorau
  • 1 malagueta sem sementes e finamente picada
  • 150 gr. de farinha de trigo
  • 150 gr. de farinha integral
  • 150 gr. de farinha de centeio integral
  • 1 colher de chá de açúcar
  • 1 + 1/4 de colher de chá de fermento biológico seco
  • 50 gr. de tomates secos, escorridos e grosseiramente picados





Preparação na MFP:


Tire a cuba da máquina e encaixe a pá misturadora.
Ponha os ingredientes na cuba, segundo a ordem indicada, excepto os tomates secos.
Encaixe a cuba na máquina e feche a tampa.
Programe o tamanho do pão para 750 gr. e escolha o programa "normal".
Escolha a cor da côdea que prefere.
Junte os tomates secos quando se ouvir o sinal sonoro.
Quando o programa terminar, tire a cuba da máquina e vire-a para soltar o pão.
Ponha-o sobre uma rede para arrefecer.
Nota: no meu caso escolhi apenas o programa massa e no final desse ciclo (1H30) retirei a massa para uma superficie enfarinhada, dei-lhe umas voltas para retirar o ar após a levedação e tendi-o em redondo. Fiz-lhe uma cruz no topo e levei ao forno a cozer em tacho de barro tapado durante cerca de 40/45 minutos a 200º C.




Preparação Tradicional:


Coloque as farinhas, o sal, o colorau, a malagueta e o açúcar numa tigela espaçosa.
Misture bem os ingredientes, abra um buraco no meio e deite um pouco da água, o azeite e o fermento.
Mexa com uma colher de pau ou com a sua mão.
Misture a farinha de fora para dentro até conseguir uma massa pegajosa.
Vá juntando o resto da água e continue sempre a mexer.
Amasse até a massa ter uma consistência elástica: vá enrolando, dobrando e puxando a massa.
Polvilhe a superfície da massa com farinha, tape-a com um pano limpo ou com um saco de plástico (ou película aderente), coloque-a dentro do microondas ou do forno desligado e deixe-a levedar.
Quando tiver crescido (dobrado de volume), junte-lhe os bocadinhos de tomate seco e tenda-a ou coloque-a numa forma a seu gosto (costumo cozer o pão em tacho de barro com tampa; se não tiver tampa tape-o com papel de aluminio para evitar que queime a superficie) e leve ao forno cerca de 40/45 minutos a 200º C (este tempo é referencial, depende do forno de cada pessoa).







Deixo-vos em excelente companhia porque vos deixo com Pão e, como curiosidade, com alguns provérbios que envolvem o pão:


"Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão"

"Nem mesa sem pão, nem exército sem capitão"

"Pão quente, nem a são nem a doente"

"O pão, pela côr; o vinho, pelo sabor"

"Lavra pelo São João se queres ter pão"

"Ano de nevão, ano de pão"

"Pão mexido é pão crescido"











Fonte: receita ligeiramente adaptada do livro "200 receitas de pão" de Joanna Farrow




1 de abril de 2014

PASTÉIS DE NATA - "Dia Um... Na Cozinha"







Aviso à Navegação:  publicação muito longa !!!  :)



Quem me conhece e acompanha sabe da minha inequívoca paixão pelo Chocolate, o que me levou a criar há 2 anos atrás um Blog dedicado ao Rei ! 
O que nem toda a gente sabe é que existe um bolo que com ele compete a par passo, em todos os minutos da minha vida, pela minha escolha e preferência...

Quem ganha e recebe a medalha de "o grande eleito" ?
Bem... o Chocolate de facto está sempre no pedestal quando se trata de escolher !
Mas devo dizer que 99% de mim vacila na hora da "sentença final"...

Esta publicação acaba de trair o meu grande segredo :)




Os DELICIOSOS Pastéis de Belém são de facto uma das minhas maiores perdições no que toca a bolos tradicionais, embora eu adore outros... doces conventuais então nem se fala... perco-me por alguns deles...

Mas os Pastéis de Belém (digam o que disserem a respeito deles), eu aprendi a venerar desde a minha infância quando o Pai nos levava ao Domingo à Antiga Confeitaria de Belém, (que existe desde 1837) para os comer com açúcar em pó e canela !

Os Pastéis de Belém não são iguais aos Pastéis de Nata, pois a sua receita está religiosamente guardada a 7 chaves no segredo dos Deuses desde sempre !
Os Pastéis de Nata e os Pastéis de Belém são bolos de facto inigualáveis em sabor e, contrariamente ao que muitas pessoas pensam, não levam natas na sua confecção ! 

Nesta 11 ª edição do "Dia Um... Na Cozinha", o tema escolhido foi "Doçaria Regional" e, se por um lado o tema me agrada a 100 %, passa-se que também me deixou ansiosa e pouco à vontade !
 



É que eu adoro doces regionais, mas nunca tinha feito nenhum em especial.
Quando o tema foi escolhido, eu ainda vacilei entre um ou outro, mas no meu intimo eu sabia que a escolha iria recair sobre a réplica da minha perdição: os Pastéis de Nata
Até aí tudo bem ! :)
O problema é que nunca eu tinha feito massa folhada caseira, embora ande há muito tempo para experimentar fazer e este desafio era o motivo perfeito para eu tentar confeccioná-la de raíz !

Não digo que sempre passe a fazê-la, pois se o processo não é difícil, a verdade é que é trabalhoso e moroso pelos tempos de espera entre as dobras da massa !
 
Fiz duas vezes e não ficou como eu pensei que pudesse ficar.
Algo não correu bem e penso ter sido o tipo de margarina/manteiga que usei.
Recomendam margarina para folhados na maior parte das receitas, mas nunca a encontrei nas grandes superfícies e além do mais li algumas pessoas dizerem que tinham feito com a normal e tinha resultado.



 

Na primeira vez usei margarina, mas a massa não folheou como as que se vêem por aí.
Na segunda vez usei manteiga sem sal, também não folheou como eu tinha esperança que folheasse.

Dei-lhe todas as voltas devidas, tal como poderão ver no passo-a-passo que apresento, a massa está muito saborosa de facto, mas não está folheada como a de compra ! :( :(

Confesso que fiquei desiludida, tanto trabalho e....






Um pouco da história dos Pastéis de Belém...

"Um aroma a canela espraia-se pela zona e a cem metros de distância já se sente a aproximação a um dos locais “sagrados” da doçaria mundial: resistindo à industrialização, à venda ou ao "franchising", os Pastéis de Belém continuam a ser um dos melhores embaixadores de Lisboa. Todos caem na doce tentação.
Na zona de Belém, ponto turístico obrigatório de Lisboa, há uma pastelaria muito especial, cuja fama corre mundo: “a única e verdadeira fábrica dos Pastéis de Belém”. Durante todo o dia, todos os dias do ano, cerca de dez mil pastéis, artesanais, totalmente feitos à mão, saem dali fresquinhos, prontos a comer.

Reza a lenda que, tal como em relação a quase toda a outra doçaria tradicional portuguesa, a origem dos Pastéis de Belém terá sido uma receita conventual do vizinho Mosteiro dos Jerónimos. Com a revolução Liberal, em 1820, as ordens religiosas foram extintas em Portugal, e os seus conventos nacionalizados. Os trabalhadores laicos que lá viviam, entre eles os pasteleiros, foram arranjando emprego cá fora. Parece que o doceiro dos Jerónimos, detentor da preciosa receita, foi trabalhar para uma refinaria de açúcar das proximidades, e dentro de pouco tempo os “verdadeiros Pastéis de Belém” eram vendidos ao público.

O êxito foi imediato entre os alfacinhas (habitantes de Lisboa), que corriam a comprar o novo doce. 
Depois, foi a notoriedade nacional. 
Com o aparecimento do turismo de massas, em meados do século passado, a fama dos Pastéis de Belém tem corrido mundo, de Nova Iorque ao Japão.
Não admira que, com este êxito, muitos tenham tentado, em Portugal e no estrangeiro, imitar o produto. Mas, até agora, sem resultados. 
O primeiro doceiro, o tal que veio do Mosteiro dos Jerónimos, trabalhava de madrugada, em segredo, fechado num quarto, onde não deixava ninguém entrar, enquanto misturava os ingredientes na proporção certa, tal como lhe tinha ensinado o frade inventor da receita.
Acautelando imitações, o dono da pastelaria registou mais tarde a patente da receia, e o segredo tem sido bem guardado até hoje.

Actualmente, apenas três pessoas estão a par da receita mágica – um pasteleiro que trabalha na casa há meio século, e dois ajudantes, da sua total confiança, que também ali estão há décadas. Eles tiveram que fazer um juramento e assinar um termo de responsabilidade em como não podiam ensinar o segredo.
Actualmente, é fabricada uma média de 10 mil pastéis diários. Segundo os pasteleiros da casa, o que distingue os Pastéis de Belém dos pastéis de nata normais que se vendem em outros estabelecimentos é, além da receita com as proporções certas, o investimento no trabalho manual e os ingredientes de primeira qualidade – farinha, açúcar, leite e ovos.

O processo de fabrico continua a ter o seu lado artesanal. A massa é moldada nas formas à mão por um grupo de mulheres, que poderiam ser substituídas por uma máquina se não fosse a preocupação com o método artesanal que faz parte da filosofia da casa."

Fonte: http://www.visitlisboa.com/DocesTradicionais.aspx






Seja como for deixo-vos com os meus Pastéis de Nata, os que me foram possíveis e gostaria muito de vos ler e saber das vossas sugestões a respeito da massa folhada.

Já alguma vez fizeram ?
Como fizeram para que corresse bem ?


Ingredientes:


MASSA:


  • 250 gr. de farinha de trigo sem fermento
  • 50/60 ml de água gelada
  • 200 gr. de manteiga sem sal
  • 1 colher de chá de sal
  • farinha para polvilhar


RECHEIO:


  • 30 gr. de farinha de trigo sem fermento
  • 250 ml de leite
  • 250 gr. de açúcar
  • 100 ml de água
  • 3 gemas de ovos
  • 1 casca de limão
  • 1 pau de canela






Preparação:


RECHEIO:

Desfazer as 30 gr. de farinha com um pouco do leite num tachinho, de modo a não criar grumos.
Ferver o resto do leite com o pau de canela e a casca de limão.
Deitar o leite fervido, em fio mexendo sempre, sobre a farinha dissolvida e levar este preparado a ferver em lume moderado, sempre mexendo com uma vara de arames para não pegar ao fundo.
Quando levantar fervura tirar do lume.
Misturar o açúcar com a água, levar ao lume, deixar ferver por 3 minutos exactos (a partir do momento em que começar a ferver) e tirar do lume.
Misturar a água fervida (deixar cair em fio) com o preparado de leite e farinha, mexendo bem.
Reserve.
(As gemas só entram quando tudo estiver pronto para ir ao forno)



MASSA:


1 - Deite a farinha numa superfície limpa e seca e faça um círculo no no meio onde irá colocar a manteiga cortada em cubos pequenos.
Reserve a água bem perto para começar a adicioná-la à medida que a massa for ganhando forma... 

2 - Com as pontas dos dedos (ou um garfo) vá misturando a manteiga com a farinha.
Comece a adicionar a água quando a massa ficar com uma aparência meio seca e em pedaços. 

3 - Poderá não precisar de adicionar toda a água indicada, apenas metade, para obter uma massa com a textura pretendida. Forme uma bola, enrole em película aderente e leve ao frigorífico por 20 a 30 min. 


4 - Retire a massa do frigorífico e abra-a com o rolo sobre uma superfície levemente enfarinhada. 

Quando necessário vá polvilhando a massa e o rolo com farinha, aos poucos, mas não exagerar na adição de farinha. Forme um rectângulo com cerca de 20x40cm.

5 e 6 -  Dobre o rectângulo de massa em três: a parte de cima até ao meio e a parte de baixo para cima da primeira, formando uma dobra de carta.

7 - Vire a massa dobrada de modo a que ela fique perpendicular a si e abra-a mais uma vez até formar um novo rectângulo igual ao primeiro. Repita a dobra em carta (passos 5 e 6), marque a massa com os dedos para deixar claro que já a dobrou duas vezes e enrole-a em película aderente para ir ao frigorífico por mais 20 a 30 min.










9 - Abra a massa mais uma vez até formar outro rectângulo que agora já será maior. 
Dobre e vire pela terceira vez e abra mais uma vez outro rectângulo do mesmo tamanho do último. 
Dobre a massa mais uma vez - esta é a quarta e, eventualmente, a última dobra.
Enrole a massa dobrada na película, marque quatro com os dedos e leve ao frigorífico por mais 40 minutos.

10 e 11 - Se preferir, pode fazer 6 dobras em vez de apenas 4, basta seguir os passos anteriores para dobrar e levá-la ao frigorífico por mais 30/40 minutos. (eu fiz as 6 dobras)

Para garantir que a massa folhe por igual é essencial que vá ao frigorífico entre cada 2 dobras, e que seja riscada antes de ir ao forno (fazer uns cortes com uma faca na superfície da massa).

12 e 13 - Volte a abrir a massa em rectângulo e enrole-a num rolo comprido.

 
14 - Se não usar toda a massa imediatamente, corte-a e congele-a separadamente. O que fiz foi esticar a massa que sobrou, colocá-la em cima de papel vegetal e enrolar a massa com o papel vegetal.
Pode congelar-se assim a massa e quando for preciso, e enquanto o forno aquece, colocamos a massa a descongelar, desenrola-se e usa-se a gosto. 

A massa já feita e enrolada pode ficar no congelador por até 4 meses e no frigorífico por 5 dias.






15 - Com o rolo que fez (figura nº 13), corte-o em rodelas de cerca de 1,5cm de espessura.


16 e 17 - Colocar essas rodelas dentro das formas e com os polegares começar a pressionar o centro da massa, andando sempre à volta obrigando-a a esticar e a estender-se por igual até aos bordos (o bordo de cima deve ficar mais grosso uma vez que é aí essencialmente que a massa vai folhear). Assim, no fundo e lados a massa fica mais fina e nos bordos superiores mais grossa. 
A massa deve subir um pouco acima dos bordos das formas.

18 - Colocar as formas num tabuleiro.

Nesta altura misture as 3 gemas de ovo ao creme, mexa e passe esse preparado por uma rede.
Encha as formas com o creme a cerca de 3/4 da profundidade das formas.






19 - Levar ao forno (pré-aquecido durante uns 20 minutos) muito quente (cerca de 250º C) somente uns 15 minutos até ficarem douradinhos.







Bom Apetite ! 













Fontes:  Teleculinária nº 65 - Fevereiro de 1978
http://nosoup-foryou.blogspot.pt/2009/09/massa-folhada-caseira.html